15 de outubro: dia do professor. Incrível como algumas pessoas nem se lembram dessa data!
Às vezes me sinto muito frustrada por ser professora, pois não temos praticamente nenhum reconhecimento e trabalhamos tanto, lidamos com tantas pessoas, histórias, situações, e me sinto como se estivesse exposta no meio do caos.
Temos que lidar com pessoas, sentimentos, angústias, problemas, sorrisos, choros, deboches, palavrões dos mais assustadores, brincadeiras inocentes e estúpidas, correria, gritos, crises existenciais e tantas outras coisas.
Muitas vezes exercemos a função de pai, mãe, psicólogo, professor, etc ao mesmo tempo. Acho que é muito "pesado", que ficamos muito sobrecarregados e muitas vezes tenho a impressão de que as pessoas nem percebem isso.
Sempre digo que dar aula é o de menos, ensinar a matéria na qual nos formamos é super tranquilo, é prazeroso, mas o difícil é conviver com seres humanos de todos os jeitos ao mesmo tempo, e o pior, a maioria, infelizmente, querendo tudo, menos estudar.
Doce ilusão a de quem se forma esperando uma platéia assentada, quieta, compenetrada, querendo aprender um pouco daquilo que você tem para compartilhar.
Dura realidade de quem vai todos os dias à escola e encontra uma platéia desatenta, desinteressada, querendo usar o celular, brincar, rir, falar dos mais variados assuntos, excluindo as matérias que a escola tem para oferecer.
Portanto, fica o alerta: se você não está preparado para ser desapontado praticamente o tempo todo, sua profissão deverá ser qualquer uma, menos a de um professor.